Equipe Mapfry
em
Jul 12, 2023
Marketing de Geolocalização

Tem tanto post desavisado confundindo Geolocalização com Geomarketing que até fizemos uma publicação sobre isso, O que não é Geomarketing.

Os recursos de localização, principalmente vindos de celulares, sempre empolgam pelo poder contextual, afinal toda marca quer impactar o público-alvo no momento certo de sua jornada.

Enquanto o Geomarketing, apesar do nome, é uma área de estudos em profundidade sobre o perfil de uma região, de sua população e tipo de atividade econômica, os recursos de Geolocalização são meios para entregar uma mensagem.

Algo como o Geomarketing pensando a estratégia e a localização sendo uma via tática. 

Dentre os recursos de Geolocalização estão:

Geofencing - direcionamento de mensagens para públicos no momento em que estão dentro de uma área num mapa

O Burger King fez uso radical deste recurso ao impactar pessoas dentro da loja do McDonald’s e oferecer seu sanduíche Whopper por apenas 1 centavo. 

GeoIP - direcionamento de mensagens conforme o endereço do IP de quem acessa

Por exemplo, uma empresa pode alterar sua mensagem conforme a cidade de origem do acesso:

 “Visite nossa loja na [ cidade reconhecida pelo IP]” ou “Ainda não oferecemos cobertura em sua região”

Geotargeting - direcionamento de mensagens para públicos que tenham passado por aquela área

Quem já usou os aplicativos de namoro Tinder e Happn talvez tenha notado a diferença de critério de Geolocalização entre eles.

https://tecnoblog.net/guias/tinder-ou-happn/

No Tinder o critério é mais abrangente, apresentando perfis que, em algum momento, tenham estado dentro do raio definido pelo usuário. 

Pessoas assim assadas a até 5km.

Mas essa área acompanha seu deslocamento e o ponto de interseção entre os raios pode ter acontecido em momento diferentes.

Alguém esteve no centro da cidade pela manhã e seu match a no mesmo lugar, só que a noite, ambos foram “marcados” por esta localização próxima em momentos diferentes e o Tinder as associa.

Já o Happn tem um critério mais rígido, a associação é feita por super proximidade, algo por volta de 250 metros de raio, ao mesmo tempo. 

Ou seja, os perfis estavam realmente próximos em alguma ocasião.

Por questões de segurança, o Happn só informa a associação momentos depois.

O resultado desse critério adicional é que a associação do Happn traz mais contexto.

“Estivemos no mesmo show do Coldplay”

Enquanto no Tinder, as pessoas estavam próximas ao mesmo estádio, no entanto uma foi assistir ao futebol e a outra pessoa foi ao show. 

Digamos que o cupido da geolocalizado do Happn tenta unir almas gêmeas, enquanto o do Tinder aposta na conveniência de encontrar alguém que está por perto. 

Sem juízo de valor das abordagens, vemos aqui dois casos de Geotargeting muito comuns no dia a dia. 

Como esses recursos podem ser associados ao Geomarketing?

Alguns casos rápidos:

  1. Loja recém inaugurada envia mensagens para quem passa por perto.
  2. Loja consciente de que há um fluxo de pessoas passando ao largo de sua localização “marca” quem passa por ali para enviar mensagens convidando para uma visita.
  3. Site de ecommerce com bons preços direciona anúncios para quem visitou uma loja física do mesmo segmento.
  4. Instituição financeira faz campanha sobre crédito imobiliário e “marca” as pessoas que passaram perto dos outdoors para verificar se foram a uma agência.
  5. Rede de cosméticos faz campanha online e “marca” quem viu os anúncios para depois comparar com visitas às lojas. 
  6. Indústria de bens de consumo lança novo hidratante e direciona campanhas para bairros onde existe alta concentração de perfis-alvo.

Aplicações incríveis, cheias de potencial e prontas para dominar o cenário das campanhas.

As barreiras entre a publicidade online e offline já caíram. 

Em parceria com a Hypr estamos promovendo um desafio para encontrar jovens talentos da publicidade que vão transformar o mercado com esses recursos.

Participe do Young Geomarketers to Watch.