Tem tanto post desavisado confundindo Geolocalização com Geomarketing que até fizemos uma publicação sobre isso, O que não é Geomarketing.
Os recursos de localização, principalmente vindos de celulares, sempre empolgam pelo poder contextual, afinal toda marca quer impactar o público-alvo no momento certo de sua jornada.
Enquanto o Geomarketing, apesar do nome, é uma área de estudos em profundidade sobre o perfil de uma região, de sua população e tipo de atividade econômica, os recursos de Geolocalização são meios para entregar uma mensagem.
Algo como o Geomarketing pensando a estratégia e a localização sendo uma via tática.
Dentre os recursos de Geolocalização estão:
Geofencing - direcionamento de mensagens para públicos no momento em que estão dentro de uma área num mapa
O Burger King fez uso radical deste recurso ao impactar pessoas dentro da loja do McDonald’s e oferecer seu sanduíche Whopper por apenas 1 centavo.
GeoIP - direcionamento de mensagens conforme o endereço do IP de quem acessa
Por exemplo, uma empresa pode alterar sua mensagem conforme a cidade de origem do acesso:
“Visite nossa loja na [ cidade reconhecida pelo IP]” ou “Ainda não oferecemos cobertura em sua região”
Geotargeting - direcionamento de mensagens para públicos que tenham passado por aquela área
Quem já usou os aplicativos de namoro Tinder e Happn talvez tenha notado a diferença de critério de Geolocalização entre eles.
No Tinder o critério é mais abrangente, apresentando perfis que, em algum momento, tenham estado dentro do raio definido pelo usuário.
Pessoas assim assadas a até 5km.
Mas essa área acompanha seu deslocamento e o ponto de interseção entre os raios pode ter acontecido em momento diferentes.
Alguém esteve no centro da cidade pela manhã e seu match a no mesmo lugar, só que a noite, ambos foram “marcados” por esta localização próxima em momentos diferentes e o Tinder as associa.
Já o Happn tem um critério mais rígido, a associação é feita por super proximidade, algo por volta de 250 metros de raio, ao mesmo tempo.
Ou seja, os perfis estavam realmente próximos em alguma ocasião.
Por questões de segurança, o Happn só informa a associação momentos depois.
O resultado desse critério adicional é que a associação do Happn traz mais contexto.
“Estivemos no mesmo show do Coldplay”
Enquanto no Tinder, as pessoas estavam próximas ao mesmo estádio, no entanto uma foi assistir ao futebol e a outra pessoa foi ao show.
Digamos que o cupido da geolocalizado do Happn tenta unir almas gêmeas, enquanto o do Tinder aposta na conveniência de encontrar alguém que está por perto.
Sem juízo de valor das abordagens, vemos aqui dois casos de Geotargeting muito comuns no dia a dia.
Como esses recursos podem ser associados ao Geomarketing?
Alguns casos rápidos:
- Loja recém inaugurada envia mensagens para quem passa por perto.
- Loja consciente de que há um fluxo de pessoas passando ao largo de sua localização “marca” quem passa por ali para enviar mensagens convidando para uma visita.
- Site de ecommerce com bons preços direciona anúncios para quem visitou uma loja física do mesmo segmento.
- Instituição financeira faz campanha sobre crédito imobiliário e “marca” as pessoas que passaram perto dos outdoors para verificar se foram a uma agência.
- Rede de cosméticos faz campanha online e “marca” quem viu os anúncios para depois comparar com visitas às lojas.
- Indústria de bens de consumo lança novo hidratante e direciona campanhas para bairros onde existe alta concentração de perfis-alvo.
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