Há uma piada que diz que certas cidades são de primeira, ao engatar a segunda elas já acabam.
Uma cidade tão pequena, do tipo que mal dá pra engatar a segunda marcha ao passarmos de carro, é um Geocélula, um segmento de mercado integrado.
As pessoas ali são semelhantes em diversos aspectos, assim como em suas necessidades de consumo.
Alguns comércios atuam em equilíbrio atendendo à demanda local. Necessidades mais sofisticadas são atendidas pelas cidades maiores da região.
Esse seria um mercado fácil de estudar, tanto que os comerciantes locais conseguiram entender por si as oportunidades de negócio disponíveis.
Uma cidade pequena é delimitada, ela tem fim e sabemos qual o esforço para chegar aos pólos de consumo vizinhos.
Mas e quanto se trata de cidades maiores, daquelas que levam horas para serem cruzadas por inteiro?
É nessa complexidade urbana que o Geomarketing apresenta seu maior valor.
Os negócios têm sua escala de atuação, bem por isso precisam entender a cidade nessa escala, ela precisa ser dividida em partes.
Esse é um dos desafios mais elegantes do Geomarketing, estabelecer critérios de integração e divisão entre os espaços, o que chamamos de Geocélulas.
Muitas vezes somos levados a pensar que os bairros desempenham esse papel, mas isso é um engano, diversos bairros podem ser integrados ou desintegrados em Geocélulas.
O olhar da segmentação espacial busca espaços onde as pessoas têm perfis aproximados, hábitos de compra similares e provavelmente compartilham crenças comuns.
Alcançar grupos geograficamente definidos
Em termos de Geomarketing, a divisão da cidade em Geocélulas, bolsões populacionais, zonas de mercado, divisões centro e periferia, busca um entendimento de como estes espaços poderiam responder a determinadas ofertas.
Esta divisão também simplifica as análises, você só precisa analisar seus competidores dentro deste contexto, assim como entender a fundo os consumidores apenas neste local e não de toda a cidade.
Geocélulas podem ser semelhantes entre si, mesmo que distantes.
Com este olhar é possível alcançar novos grupos geograficamente definidos.
Lembre-se, seu negócio pode ser único, mas as necessidades das pessoas são comuns.
E isso é bom, pois aponta para bolsões com consumidores potenciais e aumenta seus lucros.