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Interpretação de dados para a escolha da melhor localização

A escolha do ponto ideal não se limita apenas a dizer:

Precisamos de 100 mil pessoas na região-alvo.

É fundamental conduzir uma análise em profundidade, decompondo as principais variáveis que influenciam o desempenho de uma unidade.

Vamos imaginar o caso de uma rede em que uma loja considerada ‘boa’ fature R$ 100 mil por mês.

Quantas vendas são necessárias para alcançar esse número?

Imaginando um ticket médio de R$100, serão mil vendas mensais;

Considerando 26 dias de funcionamento, são cerca de 38 vendas por dia.

Nesse cenário, a localização ideal deve ter potencial para entregar esse volume, levando em conta a penetração da oferta, a frequência de compra e a população-alvo necessária para viabilizar a expectativa de faturamento.

Vamos dissecar cada parte, transformando em variáveis e entendendo os fatores que influenciam o resultado.

Variáveis básicas

Faturamento mensal desejado

R$ 100.000,00 por mês

Ticket médio (valor médio por venda)

R$ 100,00

Dias de funcionamento por mês

26 dias - fecha aos domingos

Número de vendas mensais necessárias

Faturamento desejado/Ticket médio = 1.000 vendas

Número de vendas diárias necessárias

Número de vendas mensais/Dias de funcionamento no mês = 1.000/26 = 38 vendas diárias

Fatores de mercado e localização

Para atingir os 38 clientes/dia (que se convertem em 1.000 vendas/mês e R$ 100 mil/mês), devemos considerar:

População-alvo (mercado potencial)

É o grupo de pessoas que a loja consegue alcançar dentro da sua área de influência (por exemplo, bairro, cidade ou região).

Penetração da oferta

Representa a fração/percentual dessa população-alvo que efetivamente vai comprar no estabelecimento.

Exemplo: Se há 10.000 pessoas na área de influência e a loja consegue atingir 10% delas, então o total de clientes potenciais seria 10.000×0,10 = 1.000 pessoas.

Frequência de compra

Número médio de compras por pessoa em determinado período, por exemplo, ao mês.

Mesmo que haja 1.000 pessoas dispostas a comprar, é relevante saber quantas vezes cada uma compra no mês.

Exemplo: Se cada pessoa compra 2 vezes ao mês, isso dobra a quantidade mensal de vendas para o mesmo grupo de pessoas.

Conversão efetiva

Por fim, há a taxa de conversão real, que pode ser menor que 100% dentro do público interessado.

Porém, no contexto de lojas físicas, muitas vezes se toma a penetração como uma forma simplificada de conversão estimada.

Relação entre as variáveis de mercado e o faturamento

Podemos montar um modelo simplificado, onde:

  • PT= População-alvo total
  • α\alpha = Penetração da oferta (percentual de pessoas que, de fato, compram)
  • FC = Frequência de compra (quantidade média de compras por pessoa dentro do mês)
  • TM = Ticket médio (valor médio de cada compra)

PT x α x FF x TM = R$ 100.000

Ou seja, a combinação de quantidade de pessoas (PT), penetração (α\alpha) e frequência (FC) precisa resultar em 1.000 compras ao mês para gerar o faturamento desejado (pois cada compra vale R$ 100,00).

Avaliando o ponto comercial

Densidade populacional na área de influência

Há gente o suficiente para gerar esse tráfego de 38 compradores ao dia?

Perfil socioeconômico

Essas pessoas têm poder de compra compatível com o ticket médio de R$ 100,00?

Concorrência

Há muitos concorrentes oferecendo produtos similares?

A presença de concorrência diminui a probabilidade de penetração (α\alpha) se o mercado estiver saturado.

Hábitos de consumo e frequência

Produtos de consumo rápido podem ter compras mais frequentes (maior FC).

Produtos de alto valor e recorrência baixa exigem uma população maior (PT) ou uma penetração maior (α\alpha).

Acessibilidade e conveniência

A localização precisa ser fácil de acessar e visível para o público-alvo, aumentando a probabilidade de atração e compra.

Aplicação prática

Desmembrando o faturamento em vendas:

  1. Meta de faturamento (R$ 100 mil) → Convertida em vendas mensais (1.000) pelo ticket médio (R$ 100).
  2. Número de vendas diárias (cerca de 38) → depende do número de dias abertos (26 no exemplo).
  3. Localização ideal → exige análise da população-alvo, penetração e frequência de compra, além da concorrência e acessibilidade.

R$ 100 mil/mês → Ticket médio R$ 100 → 1.000 vendas/mês → 38 vendas/dia (em 26 dias úteis).

Avaliação de viabilidade

Para realizar 38 vendas diárias, precisamos checar se há fluxo de pessoas suficiente ou se o modelo de negócio consegue atrair essa quantidade de compradores, levando em conta penetração e frequência de compra.

Dimensionamento do mercado local:

Quantas pessoas potencialmente podem comprar?

Qual o % que de fato será convertido em clientes (penetração)?

Quantas vezes por mês cada cliente comprará (frequência)?

Decisão de localização:

Deve estar em linha com os hábitos de consumo, intensidade de fluxo na área e perfil de renda do público.

Lugares com alto movimento mas público desinteressado ou sem poder aquisitivo adequado podem não atingir as metas de faturamento.

Exemplo de aplicação da equação

  1. População-alvo (PT): 5.000 pessoas na área de influência.
  2. Penetração (α\alpha): 10% (500 pessoas vão comprar no mês).
  3. Frequência (FC): 2 compras por mês por pessoa.
  4. Ticket (TM): R$ 100,00.

PT×α×FC=5.000×0,1×2=1.000

Nesse exemplo, as variáveis “casaram” exatamente com a meta de vendas/faturamento.

Se a realidade for diferente (por exemplo, penetração de apenas 5% ou frequência de 1 compra ao mês), haverá um déficit de vendas.

Esse tipo de raciocínio segue uma lógica avançada para a avaliação de viabilidade em cada local.

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