No início éramos três especialistas bastante complementares:
- Engenheiro full-stack
- Cientista de dados geodemográficos
- Especialista em marketing e negócios
Trabalhamos por quase um ano e chegamos a uma plataforma.
Estava provado que éramos capazes de realizar algo que, em outras empresas, era feito por dezenas de pessoas.
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A primeira versão foi adotada em sala de aula com bons feedbacks dos alunos, mas quando a apresentamos para profissionais ela pouco se diferenciava do que já existia por aí.
É interessante olhar para esse momento em retrospecto, porque na ocasião o que hoje é lógica era pura emoção.
O grande revelação foi perceber que o produto de nosso trabalho era o produto de nossas vivências e não estávamos felizes com as experiências anteriores.
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Antes de evoluir o produto, tínhamos que evoluir nossos conceitos.
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Continuamos adotando a plataforma em sala de aula e nos voltamos para projetos de consultoria até que tivéssemos clareza do que deveria ser feito.
Aplicando a metodologia Jobs to Be Done (JTBD), em que mapeia-se a jornada do cliente, estressamos nossa rede de relacionamento para conseguir entrevistas em profundidade.
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Pausa para um agradecimento sincero a todos que participaram!
Tendo mapeado os pontos de expectativa da jornada, pudemos identificar formas de resolver problemas.
Era mais ou menos assim:
- Ninguém tinha tempo para se preparar e as pessoas caiam de paraquedas, precisando se virar para começar um projeto
- Todo o treinamento que recebiam era ferramental, do tipo qual botão apertar, não metodológico, ou seja, aprendiam a usar um sistema, não porque usá-lo
- As análises eram superficiais, limitando-se a uma exibição desconexa de camadas sobre o mapa
- Faltavam dados de setores específicos ou estes dados aumentavam enormemente os custos do projeto
- Esses mapas com camadas de dados eram colados em apresentações para decisores
- Essa etapa de apresentação era especialmente desgastante, pois não havia qualquer suporte ou modelo a seguir
- Insegurança no uso das informações para a decisão
Então identificamos os pontos de alívio na jornada da persona:
- Pouso suave
- Aprender com facilidade
- Acesso a uma metodologia validada
- Dados de outros setores que complementem a análise
- Realizar as análises com agilidade e confiança
- Publicar as análises em apresentações consistentes e persuasivas
- Colher os resultados do Geomarketing com menos esforços e custos
Enquanto ainda estávamos redesenhando essa jornada, as opções do mercado permaneciam:
- Assinar o sistema líder de mercado num contrato caro de longo prazo e contar com o treinamento que ensina a apertar botão
- Assinar o sistema seguidor num preço mais razoável e tolerar a falta de experiência dessa empresa em Geomarketing
- Contratar uma consultoria para estudos pontuais
Todas as opções eram sufocantes.
Não à toa, o Geomarketing era visto como algo problemático.
Faltava um sopro de ar fresco, ventos de liberdade que inspirassem novos profissionais a fazer parte.
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Este é o terceiro artigo desta série que já passou por:
Por que existem tantas plataformas de Geomarketing?
Próximo e último artigo da série: