Como vimos no artigo anterior, sobre como o Geomarketing começou, a essência do que viria a ser chamado de Geomarketing teve seu início com o despertar da inteligência humana.
Nesse tempo antigo, o conhecimento sobre o território exterior era transmitido por histórias e organizado em pinturas nas cavernas, os primeiros mapas.
A partir daí a história se acelerou e podemos separar aqui alguns marcos de sua evolução.
Já em 450.ac foi feito o primeiro Mapa Mundi. Numa época em que os recursos se limitavam a viagens a cavalo, navios a remo e vela, e muitas subidas em morros e montanhas.
Ainda assim, a mente humana foi capaz de representar um amplo espaço exterior, o mundo conhecido daquela época e incrivelmente fiel ao mundo que conhecemos por meio de imagens de satélite.
Conhecimento é poder e mapas sempre foram usados para orientar exércitos, cobrar impostos, movimentar pessoas e mercadorias.
No auge Renascentista surge uma fantástica representação do mundo, a Salle des Cartes Géographiques, onde um globo terrestre com quase dois metros de altura, acompanhado de diversos outros mapas em maior escala.
Eram os tempos mercantilistas e os Médici controlavam diversas rotas de comércio por meio destes mapas.
A própria sala fica bem ao lado da sala de audiências, onde eram recebidas as autoridades, num claro sinal de projeção de poder.
Mais adiante na história chegamos ao ápice da Inteligência Espacial, quando o Dr. John Snow marcou os endereços dos mortos por cólera num mapa para demonstrar sua tese de que a doença não era transmitida pelo ar, mas pela água que as pessoas bebiam.
Marcando a primeira vez em que um mapa foi usado para análise de fenômenos e não apenas orientação.
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